segunda-feira, 9 de setembro de 2013

NA TV


Detesto televisão por um motivo muito simples: Detesto ser roubada!
Em outros tempos eu me atreveria a dizer que ninguém gosta de ser roubado. Mas estaria equivocada... 
Seria como dizer que ninguém gosta de se matar, de não pensar, que o ser humano busca sempre a evolução e evita ser escravizado. No entanto, se fosse mesmo assim, não haveria drogas, lícitas ou ilícitas, espalhadas pelo planeta com esse sucesso absoluto de público e crítica.
Ficar zapeando com o controle, fazendo de conta que tenho O controle, para MATAR o tempo e não pensar em nada, pra mim, nem é mais roubo. É auto-latrocínio. Rouba a alma, pois rouba a vontade, o desejo, o movimento. Faz-nos esquecer nossa função de encarnados, deixando que escolham o que queremos ver. E ainda abusam em dizer que dão opções, ao invés de assumirem: nós limitamos suas escolhas. E no final você ainda diz que usou o livre-arbítrio para escolher.
Desligue a tv e pense: Quantas vezes você foi diagnosticado essa semana com uma doença incurável que deve ser tratada para todo o sempre? E por que será que a indicação de tratamento vem sempre como uma opção de controle da doença, e não de cura? De transformação? De evolução? Aquela que supostamente todo ser humano é capaz, mas se perde em frente à tv ou em frente a qualquer vício?
Você quer o controle da tv? 
Ou você quer uma vida que valha?
Espera o grito do programa de auditório anunciar que agora está "valendoooooooo"???
Pôxa vida. Que desperdício! Que roubo! Que crime mais hediondo esse suicídio cotidiano!!!


3 comentários:

thie disse...

esse texto é forte e muito relista, perfeito para o consumo de alma, parabens mas acho que eu sou esse com o controle da tv e nao da doença perdendo a vontade de estar encarnado.

thie disse...

parebens, esse sou eu com o controle da tv e sem o controle da doença na morte e nao na reencarnaçao fugitivo da minha propria alma e essencia.

soraya.magalhaes@gmail.com disse...

de nada vale gastar tudo - saúde, dinheiro, energia, vontade - em controlar a doença, se nada se investir no que faz bem, no que alegra a alma.
questão de apostar em outros números. outros meios. outros modos.