quarta-feira, 8 de agosto de 2007

POR QUE A GUERRA?


Já faz muito tempo que Freud escreveu um texto com esse nome, discutindo com Einstein os motivos que levam o ser humano a entrar numa guerra. E parece que os motivos não mudaram muito desde essa elucidação.
A gente agradece aos amigos o tempo todo a presença deles nas horas difíceis. E dá graças a Deus de eles estarem por perto nas horas boas também. Afinal, amigo é prá rir junto.
No entanto, lembrando as palavras de Freud aqui, nos deparamos com a presença um tanto importante em nossas vidas de alguém que acaba tendo função fundamental na nossa existência.
O Freud, já em 1932, alertava para algo que funciona mais ou menos assim: Para que a gente não se odeie muito e acabe cometendo suicídio, a gente pega tudo de ruim que há em nós e acaba jogando em outra pessoa,transferindo, externalizando aquela podridão toda. Assim fica mais mais fácil a convivência com nós mesmos, seres perfeitos, feitos à imagem e semelhança do Todo Poderoso.
Que Freud me perdoe pela simplificação mas funciona mais ou menos assim.
Daí não fica difícil entender o motivo de se manter a todo custo certas inimizades. O vilão é necessário na novela, ou ela fica chata que só. É em torno dele que gira toda a trama, é por ele que os semelhantes se unem. É graças a ele que qualquer união é possível. Espécie de pacto de linchamento.
Vamos malhar o Judas!!!
E está feita a união do povo.
E não é só com Judas que essas coisas acontecem não. Afinal, quem se lembra de um tal de Barrabás que fez todo mundo atirar pedras no "doido" que dizia prá quem quisesse que ele era filho do "Ômi"???
O próprio Bush deve agradecer até hoje ao Osama pelos aviõezinhos nas torres. Foi assim que ele conseguiu que sua nação se unisse contra um inimigo, e parasse de olhar prá ela própria e prá tudo o que acontece ao seu redor - tá aí o gelo derretendo a olhos vistos que não me deixa mentir.
Vamos atacar os talibãs! Conclama ele, e o espelho perde assim sua função. Ninguém precisa se olhar. Basta olhar os inimigos e caprichar na mira.
Agora a provocação: O diabo é mesmo tão feio quanto o pintamos? Como conseguimos essas cores?

5 comentários:

Anônimo disse...

O Freud também não disse, lá por volta de 1832, que é mais legal mesmo bater no vizinho?

soraya.magalhaes@gmail.com disse...

O Freud era judeu - bola da vez na história dos inimigos necessários.
Se bater no vizinho é legal eu não sei.
Prefiro cinema, por do sol, mergulho, livro, namorar,... tanta coisa prá fazer nesse mundo.
Bate quem não consegue fazer tudo isso.

soraya.magalhaes@gmail.com disse...

ai.
Errei a data.Quis dizer que o texto era tão antigo que acabei dando a ele mais 100 anos. Já consertei no texto, O Freud escreveu sobre a guerra em 1932. e não em 1832 como eu tinha escrito antes.

Anônimo disse...

Ah, estava me esquecendo do narcisismo das nossas pequenas diferenças. Que coisa esquecer isso, não?

Rogério Silva disse...

Romane disse...

O Freud também não disse, lá por volta de 1832, que é mais legal mesmo bater no vizinho?
8 de agosto de 2007 13:04


Algumas questões surgem a partir dessa afirmação ou questionamento (?).

Ele não ficou feliz em ver derrubarem o solidéu de seu pai e vê-lo abaixando para pegar sem nada dizer ou fazer.

Freud nasceu judeu, casou-se com Shara Bernais, filha de um grande rabino, mas ele mesmo se dizia ateu.

Em “O mal estar nas civilizações” ele denuncia a hipocrisia, o egoísmo e outras coisas.

O que tenho aprendido com ele é que, desde o inicio das civilizações, portanto cerca de 35 mil anos de processo civilizatório, O HOMEM QUER TER O QUE O OUTRO TEM OU SER O QUE O OUTRO É.

Bater no vizinho ou dar um beijo na boca. Tanto faz!

Aí estão a algumas cores para se pintar o diabo.

Abs Rogério