segunda-feira, 18 de junho de 2007

ASSIM É SE LHE PARECE


Que o Cupido é moleque safado, sacana que só ele, ruim de mira que só os diabos e ainda por cima bêbado, torto, debochado,..., disso todo mundo sabe.
Que o amor é cego, e que ele seja também meio obtuso, meio tapado, meio burro até, disso pouca gente duvida.
Que Santo Antônio, afogado em copo d´água de cabeça prá baixo, mostra na prática os fenômenos estudados nas aulinhas de física - aquelas que ninguém entendia nada - exemplificando o que seja a refração, isso também é fato.
Santo Antônio não consegue traçar uma reta naquelas condições, talvez por isso a gente veja por aí cada parzinho de arrepiar... Decerto que tem um pacto, mas daí a esse pacto ser de amor ou felicidade; isso já é outra história.
Ok, ok, a gente pode dar o nome que for, tentando justificar as escolhas amorosas, o mau gosto, a sina de se envolver sempre com gente muito parecida. E responsabilizar os santos ou deuses, a cachaça ou a miopia quando nos for conveniente.
Mas explicar prá quê?
Prá quem?
Afinal, a parte interessada no assunto é inequivocamente a nossa.
Será que não tem nada além dessas escolhas?
Na psicanálise, o nome que a gente dá a tudo isso que justifica nossas miras um tanto toscas é um só: Inconsciente.
Sim, é ele quem decide o que fazer quando a gente acha que se entregou à emoção e não pode mais decidir nada.
É essa escolha aparentemente sem escolha - dizem que a gente não escolhe por quem se apaixona - que questionamos quando o tema é o amor, é o alvo do Cupido, esse menino zombeteiro que faz das suas quando resolve atirar sua flechinha.
Por que será que aquele brilho nos olhos, que aquela frase exatamente naquela hora tornou-se tão decisiva a ponto de elegermos alguém prá ser o depositário do bem mais precioso que podemos doar?
Deixemos Freud quieto. Nada de explicações. Elas são racionais demais prá falar de sentimento. Não servem.
Mas a gente pode investigar o Inconsciente. E pesquisar que sentimentos são esses, que emoções são essas que se constróem justamente quando presenciamos um determinado acontecimento - e queremos participar da cena.
Vamos pesquisar juntos?

3 comentários:

Anônimo disse...

Boa Tarde,
Sou amiga da Célia Guedes. Ela me passou esse blog pra mim, adorei td q li, vc é mto talentosa, parabéns, achei mto legal o do dia dos namorados, eu vou montar um blog pra mim e te passo mais tarde,....Tb escrevo!
Aliás, mil perdões, me Chamo Julio.... Prazer!!

Loja Moeggall disse...

Nossos amores e tudo o mais que nos cerca são fruto de nossas escolhas, isso está ficando cada vez mais claro prá mim. O que não estava claro é que podemos escolher novamente, se as escolhas estão nos tirando a paz, quer tenham vindo do consciente ou do inconsciente.
Eu tinha o hábito de me apaixonar e investir na relação, como se diz, mesmo que não correspondida como eu queria. Aí um dia eu disse prá mim mesma: "De agora em diante prá ficar comigo vai ter de gostar muito de mim." Não muitas semanas depois conheci meu marido com quem já estou casada há 20 anos. E ele gosta muuuuito de mim!!
Então lá vai a dica: se a escolha que você fez não lhe traz paz, "choose again, brother".

soraya.magalhaes@gmail.com disse...

boa!!!