sábado, 2 de junho de 2007

PREGUIIIIIIIIIIIIÇA...


O céu branco. A chuva caindo forte sem anúncio de estio. Tempo bom prá se fazer... NADA.
Amanhã eu vejo isso. Amanhã eu levanto. Amanhã eu dou um jeito nessa bagunça que virou a miha vida.
Mas hoje?
Com essa chuva?
Não é dia bom prá mudanças drásticas. Vai que os astros nem queiram que eu me mexa logo hoje... Afinal, se mandaram uma chuva dessas, devem ter um bom motivo prá isso.
E o tempo, de assunto de elevador, passa a ser a desculpa mais que aceita prá gente não mover nem um músculo além do estritamente necessário.
Mas esse fenômeno econômico não ocorre só aos sábados de chuva, não.
É curioso como na análise a gente se depara com essa obnubilação do dia, invisível a olho nu, que acontece mesmo no verão, mesmo com sol a pino.
Chove dentro d´alma. De janela aberta. Molha tudo.
E a desculpa do tempo é usada de novo.
"Não estava no clima".
Resolvi esperar passar o tempo, prá ver se nem preciso mexer nisso, prá ver se fujo do assunto que incomoda mais uns dias, prá ver se ele se resolve sozinho e eu nem tenha que sair do meu cantinho.
E a gente percebe que quanto mais as pessoas precisam da análise, quanto mais estão próximas a um passo fundamental em suas vidas, o único passo que conseguem dar é para trás. É o que mantém tudo aquilo com o que já estão acostumadas.
A fuga é anunciada. Esperada até.
Sem muita novidade, sem muito pôr do sol, mas sem ter que gastar muita energia remexendo em armários velhos. Escolhendo o que ainda é útil e o que nem serve mais.
O mofo às vezes impera. Toma conta de tudo.
Mas com essa chuva... ninguém há de reparar.
Você pensa daí:
Ninguém vai notar.
Só eu.
Só eu sei como ando correndo de qualquer aceno de possibilidade de eu mudar minhas queixas.
E não mais precisar delas...

3 comentários:

Jisnu Deva disse...

Algumas questão sobre a chuva, ou, a inércia teria alguma chance de vencer?
A chuva seria de granizo, que castiga a pele, craveja espinhos gélidos nas feridas mal cicatrizadas ou seria chuva de verão, quente como um orgasmo lancinante, que faz nosso corpo estremecer em espasmos?
Responda rápido os devanios, saindo como notas de uma orquestra tocando o adágio, mudou o ritmo, pianissímo, leve, calma que resposta precisa se D. Maria Joana, já gritou lá da cozinha. Concentração, foco, não, as nuvens se abrindo serenas e fulgurantes. Pera ai? Já ta respondendo?
Não ! Não ! Não! Onde estavamos mesmo? Claro, a chuva, qual seria?

Anônimo disse...

Isso foi quase um post direcionado a mim mas sei como somos, de um modo geral, preguiçosos, "adiadores" de mudanças em nossas vidas. Mas será que conseguiremos adiar tanto assim as mudanças a ponto de nao precisar faze-las?se sim, acho que acabaremos(acabarei) nao vivendo e sim sobrevivendo. É uma coisa a se pensar...mas amanha eu penso nisso...rs
Beijos

Paulo Nideck disse...

O negócio é fugir da fuga!!

Adoro seu modo de escrever e adorei a foto!

Beijo grande.