por SORAYA MAGALHÃES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . PSICANÁLISE mode ON
terça-feira, 12 de agosto de 2008
JOVEM E BONITA PROCURA...
Mês passado saí de férias - é o nosso segredinho. Se os pacientes souberem, eles se sentem abandonados e se vingam todos - e comecei num vício terrível do qual julgava já ter me livrado há tempos.
Voltei prás novelas (ai, falei).
E vi uma cena terrível de uma personagem apanhando do marido. Coisa forte prá essas horas de fuga da realidade ou, como dizem, meditação, já que esvazia a mente.
Só que uma frase me chamou muito a atenção, e fiquei encafifada com a tal que me abalou. Não é que uma mulher aconselha a outra com os seguintes argumentos: "Livre-se desse cara. Você é jovem, bonita, não precisa ficar presa a um casamento desse tipo."
Vem cá, se a personagem fosse velha, feia, doente ou sei lá mais o que, ela então teria que se resignar com o destino que lhe foi 'dado'?
Fiquei pensando ainda sobre as mulheres que apanham do marido, sobre as que sofrem com relacionamentos mal resolvidos, sobre as que aturam alguém pelo medo - pânico, prá ser exata - de ficarem sozinhas e desperdiçarem a única chance de serem felizes que elas acreditam ter.
Sim, pois é isso o que passa na cabeça de quem não está lá muito bem com seu parzinho de jarro, de que ele é o último no mundo, de que é a sorte que bateu à sua porta e se fechar, nada sobrará.
Queria que alguém me respondesse que mulher, nessas condições, acredita ser realmente jovem e bonita.
Elas podem se olhar no espelho, podem ganhar a vida com a beleza, podem até ouvir os conselhos das amigas mais preocupadas, mas será que elas realmente se acham assim essa cereja do bolo todo?
Acho que nem a Marilyn Monroe achava tudo isso dela mesma.
Mas agora, que voltei das férias, podemos fazer um trabalho interessante com essas beldades sofredoras que se acham o ó do borogodó.
É só fazer contato.
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4 comentários:
Sem dúvida. Sofrimento consentido é falta de auto-estima!
E pelo o que sei a Marilyn era bem louca e parecia super desajustada, descontrolada, tudo.
Ela era mesmo um produto, nunca foi ela mesma. Ela sempre foi quem quiseram que ela fosse.
a culpa é da pílula:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ciencia/fe1308200802.htm
Paulo, claro que nçao escolhi a Marilyn prá ilustrar o post aleatoriamente. claro que foi por sua beleza aliada à sua vida sofrida.
Anônimo, essa da pílula justificar o amor narcísico pelos semelhantes é muito boa.
how can you write a so cool blog,i am watting your new post in the future!
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