terça-feira, 8 de setembro de 2015

AUTO IMUNE


Depois do tratamento começado, remédios tomados, efeitos colaterais controlados, veio a inversão da ordem.
O corpo, afinal, ataca a doença? A doença, afinal, é cria do corpo?
Quem começou essa briga de criança? Quem se defende e quem ataca?
Qual dos dois merece castigo?
Diante do empate, o embate derradeiro:
"Agora sou eu ou você! Um de nós tem que morrer."
Ameaçou o velho menino , debaixo da cama, escondido no escuro.
O barulho lá fora, de pegada forte, de porta sendo forçada, era um conforto diante dos lobos e bruxas lá dentro.
Dentro de onde?
Dentro do corpo, ora bolas. Onde mais?
No lugar mais escondido e protegido possível.
De onde mais viria o ataque? Naquela hora da madrugada?

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